
[Poeta e jornalista - Lisboa]
Tirem-me tudo: os dedos, os anéis,
a reserva de sonho e de quimera,
mas não sejam cruéis,
não me tirem Armação de Pêra.
Não me tirem o resto da infância
que sei ter deixado aqui
nem esta luz que à distância
me segue desde que parti.
Não me tirem o verde-azul do mar
nem os barquinhos balançando à espera
dos turistas que hão-de ir visitar
as furnas de Armação de Pêra.
Mas sobretudo não me tirem este sol
e a caldeirada do Serol.

Por essa praia, dei os meus primeiros passos, amparado pelas carinhosas mãos dos meus pais e avós. Aí eu aprendi a nadar, a divertir, a desfrutar do calor do sol e, acima de tudo, a apreciar a boa temperatura das águas de Armação, entre as mais amenas do Algarve. E essa imagem das zonas rochosas, sobretudo ao anoitecer, é uma das mais belas e mais relaxantes que eu tenho o prazer de admirar...
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