
Na memória descritiva do seu projeto de hotel, o arquiteto afirmava não se tratar de um grande hotel de luxo mas antes um de tipo mediano com todas as condições de conforto e de estética. Especialmente destinado à beira-mar do Algarve, este hotel comportaria 31 quartos com preços variáveis. Alguns desses aposentos seriam “de luxo” porque teriam “banho e retrete anexos” e ainda um pequeno quarto de “dimensões resumidas” destinado a “um creado ou aia que pessoas de certa categoria não dispensam levar consigo em viagem”.
Nesta memória descritiva, lê-se igualmente que se previa um “relativo isolamento das partes destinadas ao serviço” com “o movimento da cosinha e dos seus anexos (…) localisado em uma ala aparte com comunicação para as salas apenas por um corredor e uma copa, não havendo n’aquela ala abertura alguma para o claustro, que o pudesse devassar.”
O projeto previa ainda a possibilidade de aumentar sucessivamente o número de quartos, para responder a necessidades futuras de capacidade. No que se refere a exteriores, este hotel regionalista teria “telhados que seriam cobertos com telha lusa branquiada a cal” e que “as rotulas e persianas verdes, a alvenaria de tijolo à vista, as suas arcarias e agulhas, a chaminé historiada, os azulejos e demais elementos” dariam “uma mancha alegre de construção solarenga”.
Raul Lino referia ainda que o seu projeto de “Hotel-Solar” pretendia ser uma solução original para um problema novo daquela época e que depois de testado tentaria aplicar o conceito a outras regiões do país.
O projeto de Raul Lino inspirou alguns industriais de Portimão que criaram a Sociedade da Praia da Rocha com o objetivo de o concretizar. O “Hotel-Solar” não passaria no entanto dos alicerces.*
* Adão Flores, O turismo no Algarve na primeira metade do século, in Maria da Graça Maia Marques, coord., O Algarve da antiguidade aos nossos dias, Lisboa, Colibri, 1999, p.603.
Raul Lino referia ainda que o seu projeto de “Hotel-Solar” pretendia ser uma solução original para um problema novo daquela época e que depois de testado tentaria aplicar o conceito a outras regiões do país.
O projeto de Raul Lino inspirou alguns industriais de Portimão que criaram a Sociedade da Praia da Rocha com o objetivo de o concretizar. O “Hotel-Solar” não passaria no entanto dos alicerces.*
* Adão Flores, O turismo no Algarve na primeira metade do século, in Maria da Graça Maia Marques, coord., O Algarve da antiguidade aos nossos dias, Lisboa, Colibri, 1999, p.603.
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