No rés do chão do edifício encontramos o Posto de Turismo, e nos pisos superiores do edifício o núcleo islâmico do Museu Municipal de Tavira, onde ficará exposta boa parte dos materiais turdetanos que foram encontrados no local e vestígios islâmicos recolhidos noutros pontos da cidade.
O Vaso de Tavira, datado do século XI (período das Taifas), será a joia da coroa do Núcleo Islâmico, através do qual será contada parte da história da cidade. Esta peça cerâmica, reconhecida como fundamental para a História pelo seu bom estado de conservação, ficará no primeiro piso do museu, bem perto do local onde foi originalmente encontrado, em 1996.
Manuel e Maria Maia, os arqueólogos que o encontraram, explicam que o vaso islâmico de Tavira deverá ter sido uma peça que foi jogada para o lixo, já que, à data, no século XI, teria perdido todo o valor para os seus proprietários.
Junto ao vaso encontraram ainda um prato decorado em corda seca integral, além de um outro prato onde constava a fórmula islâmica «não há Deus, senão Deus / Não há Alá, senão Alá». Estes dados que permitiram a datação do Vaso de Tavira, que se revelou desde logo um verdadeiro quebra-cabeças para os arqueólogos, por não haver paralelos para uma peça assim.
O Núcleo Islâmico apostará ainda na interpretação da muralha da cidade, que estará a descoberto.
Curiosidade:
O que é o Vaso de Tavira? Há diferentes opiniões quanto à funcionalidade e datação do Vaso de Tavira, embora os arqueólogos que o descobriram e investigaram – Maria Maia, Manuel Maia e Cláudio Torres – considerem que se trata da representação simbólica de um rapto nupcial, servindo a peça de dote para o casamento. Estima-se que o vaso corresponda a uma produção dos finais do século XI ou inícios do século XII.
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