Há dias em que um doce faz maravilhas
na nossa disposição e se há terra em que os doces são irresistíveis essa terra
é o Algarve. Trazemos aqui cinco tentadores doces algarvios em que o figo e a
amêndoa são ingredientes indispensáveis. Só explicamos como se fazem. Como se
degustam, todos sabemos.
Doce fino
Coloridos e saborosos estes
bolinhos de massapão são absolutamente icónicos na doçaria do Algarve. São
fáceis de fazer e colocam à prova a nossa criatividade na modelação das suas
formas que podem ser as mais diversas.
Junta-se amêndoa ralada e açúcar em
proporções iguais e amassa-se com clara de ovo até obter uma pasta moldável.
Deixa-se em repouso por algum tempo (pode ser de um dia para o outro) e
finalmente moldam-se as figurinhas que desejamos utilizando corantes de
pastelaria para colorir a gosto as nossas doces peças artísticas: cenouras,
laranjas, melancias, figos…
Dom Rodrigo
Outro incontornável doce desta
região é o famoso Dom Rodrigo. Apresenta-se como uma surpresa tentadora,
embrulhado em papel de prata colorido.
Para o confecionar precisamos de
fios de ovos e de ovos-moles aos quais também pode ser acrescentado um pouco de
miolo de amêndoa ralada. Fazem-se pequenas bolas de fios de ovos com uma
pequena cavidade em que se coloca uma porção equivalente a uma colher de sopa
de ovos-moles. Prepara-se uma calda de açúcar em ponto de fio na qual, enquanto
ferve, se colocam os Dom Rodrigo para que alourem, ficando levemente tostados.
Retiram-se do lume, deixam-se arrefecer, polvilham-se com açúcar e canela e
envolvem-se em papel prateado.
Morgadinho
Os morgadinhos, cobertos de
açúcar glacé, também são bolos típicos da doçaria regional do Algarve.
Colocamos 250 g. de açúcar com um
pouco de água ao lume e quando ferve, quase
em ponto pérola, pegamos em 250 g. de amêndoa pelada e moída e juntamos.
Deixamos ferver um pouco mais e retiramos do lume. Adicionamos duas gemas de
ovo mexendo muito bem e trabalhando a massa. Fazemos então pequenas bolas em
que deixamos um buraco no meio para rechear com chila, ovos-moles e fios de
ovos. Tapamos o buraco com mais massa e vão ao forno médio, a alourar em
tabuleiro untado com manteiga e polvilhado com farinha. Retiram-se do forno e
deixam-se arrefecer para, finalmente, cobrir com glacé real. Deixa-se secar e
já está.
Queijo de figo
É um doce típico da primavera e
consome-se tradicionalmente nos festejos do 1º de maio quando se sai para o
campo em piqueniques. Isso não impede que se possa degustá-lo em qualquer
altura do ano até porque se conserva durante muito tempo.
Precisamos de figos (250 g.) e
amêndoas (250 g.) torrados e moídos separadamente. Precisamos também de levar
ao lume um tacho com 1,5 dl de água, 250 g. de açúcar, 5 g. de canela, 1,5 g. de
erva-doce, 25 g. de chocolate em pó e raspa de meio limão. Quando se formar ponto
de estrada, juntamos a esta calda a amêndoa moída e mexemos sempre enquanto
ferve por cinco minutos. Em seguida adicionamos o figo moído e procedemos de
igual modo. Retiramos então a massa para uma tábua polvilhada com açúcar pilé e
deixamos arrefecer. Depois de fria, moldamos os morgados.
Carriços
Os carriços são os suspiros algarvios.
O que os distingue são as amêndoas laminadas e torradas que incorporam.
Três claras de ovo batidas em
castelo com 250 g. de açúcar, a que se juntam as amêndoas laminadas, serão, com a
ajuda de uma colher, distribuídas por forminhas de papel. Irão ao forno para
cozer, por aproximadamente 20 minutos.
Mais simples não há. Mais doce,
também não.